Teatro : "A formiga e a neve (fábula)
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Aconteceu nesta segunda-
feira, 19 de outubro, a primeira apresentação do teatro de palco dos
alunos do Programa Mais Educação da Escola Estadual Professor Nilton
Balieiro Machado, Macapá –AP. O trabalho de encenação foi organizado pela monitora
Eriane Bruna Coelho da Silva juntamente com os demais colegas monitores do Programa
Mais Educação. Os alunos apresentaram a fábula “A formiguinha e a neve” (adaptado
por João de Barro – Braguinha).
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"Numa certa manhã de
inverno uma formiga saía para o seu trabalho diário.
Já ia longe procurar comida
quando um floco de neve caiu, prendendo o seu pezinho.
Aflita, vendo que ali poderia
morrer de fome e frio, a formiga olhou para o Sol e pediu:
Sol, tu que és tão forte,
derreta a neve e desprenda o meu pezinho?
E o Sol, indiferente,
respondeu: - Mais forte que eu é o muro que me tapa.
Então a pobre formiguinha
disse: - Muro, tu que és tão forte, que tampa o Sol, que derrete a neve,
desprenda o meu pezinho?
E o muro rapidamente respondeu:
- Mais forte que eu é o rato, que me rói.
A formiga, quase sem fôlego,
perguntou: - Rato, tu que és tão forte, que rói o muro, que tapa o Sol, que
derrete a neve, desprenda o meu pezinho?
E o rato falou bem rápido: -
Mais forte que eu é o gato que me come.
A formiga então perguntou ao
gato: - Tu que és tão forte, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol,
que derrete a neve, desprenda o meu pezinho?
O gato responde sem demora: -
Mais forte que eu é o cão, que me persegue.
A formiguinha estava cansada e,
mesmo assim, perguntou ao cão: - Tu que és tão forte, que persegue o gato, que
come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende o
meu pezinho?
- Mais forte que eu é o homem,
que me bate.
Pobre formiga! Quase sem força,
perguntou ao homem: - Tu que és tão forte, que bate no cão, que persegue o
gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve,
desprenda o meu pezinho?
O homem olhou para a formiga e
respondeu: - Mais forte do que eu é a Morte que me mata.
Trêmula de medo, olhando para a
Morte que se aproximava, a pobre formiguinha suplicou: - Ó Morte, tu que és tão
forte, que matas o homem, que bate no cão que persegue o gato que come o rato
que rói o muro, que tapa o sol que derrete a neve, desprende meu pezinho.
E a Morte, impassível,
respondeu: - Mais forte do que eu é Deus, que me governa.
Quase morrendo, então a
formiguinha rezou baixinho:
- Meu Deus, tu que és tão
forte, que governas a morte, que mata o homem que bate no cão que persegue o
gato que come o rato que rói o muro, que tapa o sol que derrete a neve,
desprende meu pezinho.
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BIOGRAFIA DE JOÃO DE BARRO - COMPOSITOR BRASILEIRO
João de Barro (1907-2006)
nasceu no Rio de Janeiro, em 29 de março de 1907. Para os documentos oficiais
ele é Carlos Alberto Ferreira Braga. Para a música popular é João de Barro, ou
Braguinha. Filho do gerente de fábrica de tecidos, Carlos Alberto Ferreira
Braga. Entrou para o curso de Arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes,
abandonando logo depois, para se dedicar às marchinhas de carnaval.
Aprendeu a tocar violão no
colégio, com o amigo e futuro compositor Henrique Brito, instrumentista de
enorme talento. Adotou o pseudônimo "João de Barro", pois na época
não ficava bem um "rapaz de família" fazer música popular.
Durante sua carreira, teve em
Alberto Ribeiro o parceiro mais constante. Sempre irreverente, Braguinha
utilizou certa vez o pseudônimo "Funarius Rufus", nome científico do
pássaro João de Barro, para uma marcha que ele tinha vergonha de assinar. Na
ocasião, muitos se perguntaram sobre a existência deste tal "Funarius
Rufus", o compositor de uma só música.
O primeiro grande sucesso de
João de Barro se deu no carnaval de 1934, com "Linda Lourinha",
espécie de resposta ao "Linda Morena", de Lamartine Babo. A partir de
então, não houve um só carnaval que Braguinha deixasse de brindar o povo
brasileiro com suas marchinhas e seu bom humor. Em 1937, Braguinha compôs a
letra da música "Carinhoso", feita por Pixinguinha, vinte anos antes.
João de Barro é o nome mais
expressivo dos compositores de marchinhas de carnaval. Seu repertório é
vastíssimo, entre suas composições estão: "Linda Lourinha", "Uma
andorinha não faz verão", "Cadê Mimi?", "Pirata da perna de
pau", "Pastorinha", "Balancê", que foi regravada
quarenta e dois anos depois, por Gal Costa.
João de Barro ou Braguinha
morreu no Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 2006.
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