BIOGRAFIA
NILTON BALIEIRO MACHADO, paraense de nascimento,
Breves-PA, aos 27/12/1958, filho primogênito de dona Antonia, de uma família de
sete irmãos, ainda criança rumou para Macapá, em busca de educação como
acontece com tantos que nascem e vivem as margens dos rios da Amazônia. Sua
vida acadêmica e trajetória escolar foram em escolas públicas.
Em
Macapá seus primeiros passos iniciaram na escola Paroquial São Pedro, em 1967,
hoje Zolito Nunes, concluindo o curso primário até a 5ª série. Em seguida
ingressou na Escola Castelo Branco, onde concluiu o antigo curso ginasial (8ª
série). Aos 16 anos foi pai, pela primeira vez, de Michel. A falta de Escolas
Técnicas no Amapá o levou, em 1975, à Miguelópolis-SP, onde concluiu o Curso
Técnico em Agropecuária (2º grau).
Retornou
para Macapá onde exerceu suas atividades profissionais em várias instituições
públicas do Amapá (SUDEPE, ASTER, PESCART) como Técnico Agrícola e,
posteriormente, como Extensionista.
Obstinado
a vencer, após aprovação em seletiva ao ingresso para a Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro, em 1984, iniciou o Curso de Licenciatura em Ciências
Agrícolas, em Itajaí/RJ, concluindo em 1987. Nessa época, ao contrário do que
muitos fazem hoje, largando seus estudos para trabalhar, escolheu o caminho
inverso, pois foi obrigado a abandonar o emprego para concluir o ensino
superior.
Retornou
para Macapá em 1988 e, no mesmo ano foi para Pernambuco, onde participou por um
ano como extensionista, em especialização na Universidade Federal de Pernambuco
em Curso de Pesca Artesanal e de Alto Mar e, conheceu a pernambucana Dalva, com
quem teve a filha Susan.
Após
ter concluído sua especialização, regressou para o Amapá em, em 1989, seu
esforço e inteligência lhe abriram as portas para o ingresso no Curso de
Mestrado em Extensão Rural, na universidade Federal de Santa Maria/RS, onde
defendeu a Tese "Os Pescadores e a Política do Amapá", obtendo o conceito
máximo.
Em
1991, seu sucesso acadêmico, perfil profissional e militância política o
levaram a aceitar o convite do, então Deputado Estadual Waldez Góes, para
assessorá-lo, como assessor parlamentar, permanecendo como amigo e companheiro
a partir de então.
Nesse
período percorreram juntos todos os municípios do Amapá, desde as comunidades
ribeirinhas do Bailique, até Vitória do Jari e Oiapoque, discutindo projetos de
valorização do homem do campo e sua organização política com vistas ao
desenvolvimento do setor rural e dos pequenos proprietários agrícolas do Amapá.
Em
1994, Nilton Balieiro é aprovado em concurso público para Professor da Universidade Federal do Amapá, onde
ministrava a disciplina Metodologia Científica, onde como profissional de educação
contribuiu enormemente à pesquisa acadêmica.
Em
1999, preparava-se para obter o título de Doutor pela USP, quando seu sonho foi
interrompido bruscamente em um trágico acidente náutico, num dos rios
que tanto o fascinava, numa fatídica tarde de sábado no dia 06/03/1999.
Dedicou
sua vida acadêmica ao estudo e organização do movimento dos pescadores
artesanais, envolvendo palestras e encontros com esse segmento, tendo ainda
participado de viagens a Guiana Francesa, Argentina e Uruguai.
Publicou
vários periódicos: "O Paradigma do Camponês" - Cadernos de Extensão
Rural - UFSM (RS); "Conclusão do 5º Encontro Nacional dos Pescadores"
- Pescando e lutando/MONAPE (MA); "Como a População se Organiza Frente as
Questões de Saúde" - Revista Ciência e Cultura/SP. Publicou ainda o livro
"Recordando Paulo" em alusão a um antigo amigo vítima de acidente de
trânsito. Pretendia, ainda transformar em livro sua tese de mestrado " Os
Pescadores e a Política no Amapá".
Mesmo
diante da brilhante carreira acadêmica, Nilton Balieiro era visto como pessoa
simples e humilde, admirado por todos.
2 comentários:
Meu marido Mário Célio Ferreira Malcher, conheceu o Professor Nilton em Miguelópolis, quando realizaram o Curso técnico em agropecuária. Estávamos pesquisando na Internet a letra de uma que o Nilton fez em homenagem às mães: São flores de mais pureza... infelizmente não encontramos. Descanse em paz Niltoneladas!
Orgulho de ter esse sujeito como primo..deixou um legado de ser humano humilde, bondoso e expert em tudo q fazia..sobretudo com carinho e dedicação...tive o privilégio de conviver desde a minha infância com ele... aprendi muito. Deixou uma saudade q vai nos machucar por toda a eternidade. Descanse em paz meu primo - irmão...Deus certamente tem vc como um maravilhoso e iluminado morador do céu.
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