segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO - PROFESSOR COMUNITÁRIO

Professor comunitário: aquele que coordena o processo de articulação com a comunidade, seus agentes e seus saberes, ao mesmo tempo em que ajuda na articulação entre os novos saberes, os novos espaços, as políticas públicas e o currículo escolar estabelecido.

Perfil 

Não há uma definição acerca de quem pode exercer a função de professor comunitário (repetimos: que é sempre um professor concursado do quadro da escola). Podemos apontar algumas características importantes. 
Professora coordenadora do Programa Mais Educação:
Débora Chaves
• aquele professor solícito e com um forte vínculo com a comunidade escolar.
• aquele que escuta os companheiros e estudantes, que busca o consenso e acredita no trabalho coletivo.
• aquele que é sensível e aberto as múltiplas linguagens e aos saberes comunitários.
• aquele que apoia novas ideias transforma dificuldades em oportunidades e dedica-se a cumprir o que foi proposto coletivamente.
• aquele que sabe escutar as crianças, adolescentes e jovens e que tem gosto pela convivência com a comunidade na qual atua.
• aquele que se emociona e compartilha as histórias das famílias e da comunidade.

Uma professora assim tem um excelente perfil, tendo em vista que seu trabalho terá como foco:
–organização deste tempo ampliado como tempo continuum no currículo escolar,
– acompanhamento dos monitores,
– diálogo com a comunidade,
– proposição de itinerários formativos que transcendam os muros das escola alcançando as praças, os teatros, os museus, os cinemas, entre outros.
– construção de “pontes” entre a escola e a comunidade.

                                                                  Caderno Passo a passo do Programa Mais Educação- MEC 


“Não devemos chamar o povo à escola para receber instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões, punições, mas para participar coletivamente da construção de um saber que vai além do saber da pura experiência feita, que leve em conta suas necessidades e o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe transformar-se em sujeito de sua própria história. A participação popular na criação da cultura e da educação rompe com a tradição de que só a elite é competente e sabe quais são as necessidades e interesses de toda a sociedade. A escola deve ser também um centro irradiador da cultura popular, à disposição da comunidade, não para consumi-la, mas para recriá-la. A escola é também um espaço de organização política das classes populares. A escola como um espaço de ensino-aprendizagem será então um centro de debates, ideias, soluções, reflexões, aonde a organização popular vai sistematizando sua própria experiência. O filho do trabalhador deve encontrar nesta escola os meios de autoemancipação intelectual, independentemente dos valores da classe dominante. A escola não é só um espaço físico. É um clima de trabalho, uma postura, um modo de ser.”(Pedagogia do oprimido, 1991, p.16).

Nenhum comentário:

Para pensar...

Para pensar...